Os advogados do antigo presidente dos Estados Unidos e que está atualmente na corrida do partido republicano para as presidenciais apresentaram esta terça-feira o processo onde defendem que Carrol deve pagar a Trump uma indemnização compensatória por danos e retratar-se das suas declarações.
Este movimento do ex-presidente acontece cerca de um mês depois de os advogados de Carrol terem avançado com um processo de difamação, no qual a colunista reclama 10 milhões de dólares (cerca de 9,7 milhões de euros) por insultos que o ex-presidente lhe teceu na televisão, em maio.
Essas declarações de Trump foram feitas após ter sido condenado a pagar uma indemnização de cinco milhões de dólares (4,63 milhões de euros) por abuso sexual a E. Jean Carroll em 1996, com o júri a rejeitar as alegações de violação.
Trump negou sempre as acusações de violação, recusando sequer que a conheça e alegando que o encontro num armazém onde Carrol diz terem ocorrido os factos, nunca aconteceu.
No processo, os advogados de Trump citam declarações de Carrol numa entrevista à CNN onde, quando questionada sobre o veredicto do júri sobre a parte relativa à violação (que foi rejeitada), a colunista ter respondido: “Sim, foi ele, sim, foi ele”.
Numa declaração em resposta ao processo interposto por Trump, o advogado de Carrol, Robbie Kaplan, referiu que Donald Trump “argumenta novamente contra a lógica e o facto de que foi formalmente acusado de abuso sexual”.
O advogado sublinhou ainda que quatro das cinco declarações da sua cliente citadas no processo de Trump estão fora do prazo de prescrição previsto, considerando ainda que a outra vai ser rejeitada pelo juiz.
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