“Deploro os ataques de hoje no Hospital Al-Amal” do Crescente Vermelho. Os bombardeamentos de hoje são inaceitáveis”, sublinhou Tedros Adhanom Ghebreyesus, numa publicação na rede social X.
O ataque danificou gravemente o centro de treino do Crescente Vermelho Palestiniano localizado no complexo hospitalar Al-Amal, na cidade de Khan Younis, gerido por este organismo, de acordo com Tedros Adhanom Ghebreyesus.
“O sistema de saúde de Gaza já está de joelhos, e tanto os profissionais de saúde como os humanitários estão continuamente a ver bloqueados os seus esforços para salvar vidas por causa das hostilidades”, acrescentou.
Tedros vincou que responsáveis da OMS e do Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) visitaram hoje as instalações, onde “testemunharam grandes danos e deslocamento de civis”.
De acordo com o Crescente Vermelho Palestiniano, os ataques mataram pelo menos cinco civis, incluindo uma criança com 5 dias, sublinhou o líder da OMS.
“14 mil pessoas estavam abrigadas no hospital da cidade sitiada de Khan Younis, no sul de Gaza. Muitos destes já partiram e os restantes estão extremamente receosos pela sua segurança e planeiam deixar um lugar para onde recorreram à procura de refúgio e proteção”, acrescentou.
Tedros Adhanom Ghebreyesus insistiu novamente num apelo para “um cessar-fogo imediato”, que inclua “ações urgentes” para garantir o abastecimento de alimentos, equipamentos médicos, água e outros bens essenciais.
O responsável sublinhou também que “os movimentos da OMS, especialmente no norte de Gaza e cada vez mais no sul”, estão a ser “severamente dificultados pela violência contínua dentro de Gaza”.
“As nossas operações são ainda mais dificultadas quando parceiros locais essenciais, como o Crescente Vermelho Palestiniano, são eles próprios afetados desnecessariamente pelos ataques”, atirou ainda.
O mais recente conflito entre Israel e o Hamas foi desencadeado após um ataque sem precedentes do movimento islamita palestiniano em território israelita em 07 de outubro do ano passado, massacrando 1.140 pessoas, na maioria civis e incluindo cerca de 400 militares, segundo números oficiais de Telavive.
Em retaliação, Israel, que prometeu eliminar o movimento palestiniano, lançou uma ofensiva em grande escala na Faixa de Gaza, onde, segundo o governo local, já foram mortas mais de 22.000 pessoas — na maioria mulheres, crianças e adolescentes — e feridas mais de 57 mil, na maioria civis.
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