O Governo do Iraque condenou num comunicado o “ato terrorista” em Kerman, ao mesmo tempo que expressou a sua “solidariedade com o Irão, com o seu Governo e com o seu povo face a este doloroso incidente”.
“O Iraque está disposto a fornecer todos os tipos de assistência, de modo a aliviar a gravidade deste ato criminoso covarde”, observou o Governo iraquiano.
Na mesma linha, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Jordânia classificou a ação como um ataque terrorista e expressou a sua “forte condenação e denúncia” de “todas as formas de violência e terrorismo, especialmente aquelas que têm como alvo civis”.
Por sua vez, o Departamento de Relações Exteriores e Expatriados do Líbano alertou para “a gravidade deste ato criminoso e a possibilidade de desestabilizar a segurança nacional”, ao mesmo tempo em que expressava suas condolências às famílias das vítimas.
Também o movimento xiita libanês Hezbollah e os rebeldes Huthi do Iémen, aliados regionais do Irão, condenaram os ataques terroristas, classificando-os como “odiosos” e “traiçoeiros”.
O Hezbollah expressou-se através do seu secretário-geral, Hasan Nasrallah, que num discurso televisionado no Líbano, disse que o movimento xiita “condena o ataque traiçoeiro em Kerman e o ataque contra aqueles que estavam no santuário do mártir Soleimani”.
As explosões ocorridas hoje no Irão durante a homenagem ao general Qassim Soleimani causaram 103 mortos e dezenas de feridos.
As explosões ocorreram perto do local do túmulo de Soleimani em Kerman, cerca de 820 quilómetros a sudeste da capital, Teerão.
O general Qassim Soleimani, chefe de Força Quds de elite da Guarda Revolucionária, foi morto pelos Estados Unidos em Bagdade, em 2020.
Soleimani foi o arquiteto das atividades militares regionais do Irão e é aclamado como um ícone nacional entre os apoiantes da teocracia iraniana.
No funeral, em 2020, registou-se um tumulto que causou a morte de pelo menos 56 pessoas e ferimentos em mais de 200, quando milhares de pessoas se juntaram ao cortejo.
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