O FC Porto encontra-se a atravessar uma das melhores fases da temporada, face a um arranque de 2024 que tem sido assinalado por uma melhoria generalizada dos dados estatísticos, comparativamente a todo o filme da presente época.
Avaliando apenas o trajeto na I Liga, os dragões não começaram o novo ano civil da melhor forma (fruto do empate frente ao Boavista, 1-1), mas reagiram com três triunfos consecutivos, diante de Sporting de Braga (2-0), Moreirense (5-0) e Farense (3-1) – para além da goleada ao Estoril (0-4), na Taça de Portugal.
Um dado que salta logo à vista é o facto de Sérgio Conceição ter visto a sua equipa a sorrir por margem superior a um golo, contrariamente a grande parte dos jogos realizados na primeira metade da temporada., sendo que, há mais números a merecer total destaque dentro das quatro linhas.
O FC Porto passou a rematar mais, melhorou a posse de bola e acertou mais passes. Tudo isto culminou na subida das médias de triunfos e golos marcados por partida (de 1,7 para 2,8). Já a média de golos sofridos, baixou de 0,7 para 0,5.
FC Porto em 2023/24 | FC Porto em 2024 | |
Golos marcados (média p/ jogo) | 33 (1,7) | 11 (2,8) |
Golos sofridos (média p/ jogo) | 13 (0,7) | 2 (0,5) |
Remates à baliza | 5,1 | 5,8 |
Remates concedidos | 2,8 | 3,7 |
Posse de bola | 59,9% | 63% |
Precisão de passe | 84,7% | 87% |
Vitórias (%) | 14 (73%) | 3 (75%) |
Empates (%) | 2 (11%) | 1 (25%) |
Derrotas (%) | 3 (16%) | 0 (0%) |
O único dado negativo não ‘abala’ Diogo Costa
Dentro de todos estes parâmetros, o FC Porto só piorou no número de remates à baliza que tem permitido aos adversários, uma vez que a média de 2024 (3,7) é superior à de toda a presente temporada (2,8). Ainda assim, é de realçar que os dragões nem por esse motivo passaram a sofrer mais golos, até porque permitir mais perigo junto à baliza de Diogo Costa não significa conceder mais golos, tal como os dados o demonstram.
As melhorias apresentadas pelo emblema da cidade Invicta coincidiram, curiosidade ou não, com as ausências de Mehdi Taremi (Irão) e Zaidu (Nigéria) para representar as suas seleções na Taça Asiática e no Campeonato Africano das Nações (CAN), respetivamente. Perante este cenário, Sérgio Conceição já vincou que não existem “lugares cativos” dentro do seu plantel, restando, agora, perceber o impacto que os regressos do avançado e do defesa terão na estratégia do treinador. Uma coisa é certa, este FC Porto está (bem) melhor e recomenda-se.
FC Porto não sabe o que é ganhar pela margem mínima em 2024.© Gerardo Santos / Global Imagens
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