Rompimento de barreira no Rio Araguari causa problemas ambientais em Uberlândia

Grupo de ambientalistas denunciou a situação na região do Pau Furado. Consórcio Capim Branco disse que iniciou processo de investigação das causas. O rompimento de um dique – barreira de contenção de água – que fica nos limites do Parque Estadual do Pau Furado, em Uberlândia, foi denunciado por um grupo de ambientalistas e está causando problemas ambientais na Bacia do Rio Araguari.
O consórcio Capim Branco Energia, órgão responsável pela estrutura, informou por meio de nota que assim que identificou o problema acionou os órgãos competentes e iniciou o processo de investigação das causas. Esclareceu ainda que uma equipe técnica está monitorando a situação e trabalhando no reestabelecimento do dique.
Rompimento de barreira no Rio Araguari causa problemas ambientais em Uberlândia
A soleira é utilizada para manter o fluxo de quantidade mínima de água com o intuito de preservar os ambientes aquáticos e a biodiversidade em áreas próximas a barragens. O grupo “Amigos da Cachoeira” informou que o rompimento aconteceu no mês passado e o buraco na estrutura acabou alterando o ambiente aquático.
A monitora do grupo ativista, Rafaela Resende, disse que desde que o problema começou nada foi feito. “O Igam [Instituto Mineiro de Gestão das Águas] já fez multa diária ao Capim Branco, mas não temos nenhum relatório, nenhuma informação dos danos já causados e previsão para o problema ser solucionado”, comentou.
Parque do Pau Furado ainda tem reflexos do incêndio que devastou parte da reserva em Uberlândia
A veterinária especialista em aves, Graziela Pascoli, explicou que até espécies nativas estão desaparecendo por esse motivo.
“Nós temos a andorinha de coleira, que é uma ave ameaçada de extinção, que tem populações muito reduzidas e é encontrada principalmente na Bacia do Rio Paranaíba, principalmente aqui no Rio Araguari. E esse tipo de ambiente não é propício para ela. Ela simplesmente desaparece“, comentou
Além disso, há diversas espécies de peixes sendo prejudicas, segundo a especialista, porque são dependentes de correnteza para manter a ecologia local das espécies.

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