O Presidente da República considerou hoje que 2024 será um ano ainda mais decisivo do que 2023.
Reagindo à mensagem na sede nacional do partido, em Lisboa, a vice-presidente social-democrata Margarida Balseiro Lopes considerou que o “realismo” de Marcelo Rebelo de Sousa “contrasta com o tom do discurso do Governo, em particular do primeiro-ministro”.
Quando Marcelo Rebelo de Sousa “diz que são os mais pobres aqueles que mais sofrem, é a realidade”, opinou.
“Gostaríamos muito que houvesse, independentemente das divergências com o Governo, este realismo nas análises e nos discursos que o Governo vai fazendo”, acrescentou.
Recordando as horas de espera nos hospitais e “os milhares de alunos” ainda sem professores, Balseiro Lopes sentenciou: “Isto é colocar e causa o elevador social, isto é colocar em causa a igualdade de oportunidades.”
Questionada sobre se o PSD está preparado para responder aos “mais e mais difíceis” desafios que Marcelo Rebelo de Sousa antecipa para 2024, a vice-presidente garantiu que o partido está “concentrado em apresentar uma alternativa às pessoas”, que responda aos “problemas no acesso à saúde, à educação e à habitação”.
O chefe de Estado emitiu uma “mensagem de exigência” mas também “de esperança” e o PSD está “a construir uma alternativa” para que os “enormes” desafios identificados por Marcelo Rebelo de Sousa “sejam superados”.
Na mensagem de hoje, o Presidente da República apelou à participação dos portugueses nas eleições, salientando que o país será aquilo que os votantes quiserem que seja.
Subscrevendo a mensagem presidencial, Margarida Balseiro Lopes disse ainda acreditar “muito no discernimento e no juízo que serão feitos pelos portugueses” nas eleições legislativas marcadas para março.
Na sua sétima mensagem de Ano Novo – em 2021 não fez, porque se recandidatava às eleições presidenciais desse ano -, transmitida em direto a partir da Sala das Bicas do Palácio de Belém, em Lisboa, o chefe de Estado fez uma alusão à demissão de António Costa das funções de primeiro-ministro no passado dia 07 de novembro.
“Ficou claro que, depois da legítima decisão pessoal de cessar funções de quem foi o segundo mais longo chefe do Governo em democracia e o mais longo neste século, deveríamos estar todos atentos e motivados para as eleições de março, para percebemos como vai ser o tempo imediato em Portugal, na avaliação como na escolha”, declarou o Presidente da República.
[Notícia atualizada às 21h54]
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