Marina Silva bate boca com bolsonaristas na Câmara e chama deputados de “ambientalistas de conveniência” e “capachos”

Em uma audiência tensa na Comissão de Agricultura da Câmara, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, foi alvo de críticas acaloradas por parte de deputados da oposição, especialmente bolsonaristas, que a acusaram de incompetência na gestão ambiental, especialmente no que diz respeito ao combate às queimadas. Convocada para prestar esclarecimentos sobre os recentes incêndios no Brasil, Marina não deixou os ataques sem resposta e protagonizou embates verbais com parlamentares como Nikolas Ferreira (PL-MG), Julia Zanatta (PL-SC) e Ricardo Salles (NOVO-SP).

Julia Zanatta chegou a sugerir que Marina deveria pedir demissão, enquanto Nikolas Ferreira a acusou de omissão diante das mais de 22 mil queimadas registradas. Ricardo Salles, ex-ministro do Meio Ambiente durante o governo de Jair Bolsonaro, focou em questionamentos técnicos, criticando o que chamou de inação do governo atual. Em suas respostas, Marina defendeu-se das acusações, rotulando os parlamentares de “ambientalistas de conveniência” e acusando-os de serem “capachos”, fazendo discursos encomendados e politicamente motivados.

O embate expôs as divisões profundas no debate ambiental brasileiro, evidenciando a tensão entre a atual gestão e a ala bolsonarista, que já havia adotado uma postura mais permissiva em relação ao agronegócio e às questões ambientais durante o governo anterior. O confronto entre Marina e os deputados é mais um episódio na crescente polarização política em torno das políticas ambientais no país.