Eleições nos Açores. PAN deixa claro que o partido pretende ser oposição

Eleições nos Açores. PAN deixa claro que o partido pretende ser oposição

Pedro Neves, que participou numa ação de rua na baixa de Ponta Delgada, acompanhado da porta-voz do partido, Inês Sousa Real, que se manifestou contra qualquer solução governativa que inclua o Chega, deixou claro que o partido não quer ser governo, uma vez que “o PAN é um partido de oposição”.

“No dia 04 de fevereiro pedimos que haja mais confiança dos açorianos para que tenhamos um grupo parlamentar, analisando o partido pelo trabalho que foi realizado nos últimos três anos, tendo sido o partido com mais iniciativas aprovadas”, afirmou o candidato.

Questionado sobre o que é mais lesivo para o PAN, se reeditar a atual coligação de direita ou promover um regresso ao passado de 25 anos de socialismo nos Açores, o candidato pelo círculo eleitoral de São Miguel e da compensação considerou que esta é “uma pergunta difícil, extremamente difícil”, mas “são os açorianos que vão tomar esta decisão”.

Inês Sousa Real considerou, por seu turno, ser “fundamental garantir a manutenção da representação parlamentar, aumentando sempre aquela que é a sua expressão”.

Questionada sobre futuros entendimentos, a porta-voz do PAN afirmou que “vai depender sempre daquilo que seja a força política que esteja em condições de formar governo e de se aproximar das causas e valores que o partido representa”.

A dirigente ressalvou que o Chega “é uma linha vermelha”, uma vez que o partido não negoceia com “forças antidemocráticas que põem em causa o Estado de Direito”.

O Presidente da República decidiu dissolver o parlamento açoriano e marcar eleições antecipadas para 04 de fevereiro após o chumbo do Orçamento para este ano.

Onze candidaturas concorrem às legislativas regionais, com 57 lugares em disputa no hemiciclo: PSD/CDS-PP/PPM (coligação que governa a região atualmente), ADN, CDU (PCP/PEV), PAN, Alternativa 21 (MPT/Aliança), IL, Chega, BE, PS, JPP e Livre.

Em 2020, o PS venceu, mas perdeu a maioria absoluta, surgindo a coligação pós-eleitoral de direita, suportada por uma maioria de 29 deputados após assinar acordos de incidência parlamentar com o Chega e a IL (que o rompeu em 2023). PS, BE e PAN tiveram, no total, 28 mandatos.

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