
O Banco da Amazônia lançou, nesta quinta-feira (10), o Plano Safra 2025/2026 voltado ao setor agropecuário da Região Amazônica. Serão R$ 12 bilhões em crédito para produtores rurais investirem na produção, valor 9,1% superior ao da safra anterior.
O objetivo do plano é incentivar práticas de agricultura sustentável, com as melhores taxas do mercado e condições de financiamento que estimulem o crescimento do setor.
O presidente do Banco da Amazônia, Luiz Lessa, destacou que o montante anunciado representa um piso e pode ser superado, assim como ocorreu na safra 2024/2025.
“Doze bilhões é o nosso compromisso de piso, não temos nenhum limitador de valores acima, vai depender da nossa capacidade de alocação e da capacidade de cada um de vocês organizarem os seus projetos e apresentarem no banco”, disse.
Luiz Lessa destacou que o valor do Plano Safra 2025/2026 é o maior da história do Banco. No entanto, frisou que o recorde tem sido superado nos últimos três anos.
Ele destacou, ainda, que com esse plano o Banco espera atender os clientes de forma mais eficiente, considerando a recente reestruturação da instituição com vistas a fortalecer ainda mais o relacionamento com os clientes da Região Amazônica.
Segundo Lessa, a partir da divisão das agências destinadas ao atendimento, o intuito é ouvir as necessidades para aplicação dos recursos nos projetos de maneira eficaz.
“A agência que atendia o Pronaf, a agricultura empresarial e os clientes urbanos, a gente segregou. Então a agência, hoje, cuida basicamente do varejo e da agricultura familiar e do MPO. Nós temos um outro segmento que cuida especificamente do agronegócio, da agricultura empresarial. E, com isso, a gente tem os braços mais dedicados para que a gente possa chegar a cada um de vocês com aquele atendimento para poder fazer a conversa e entender a necessidade de internalizar o projeto e soltar o recurso na necessidade do tempo da janela de plantio, da janela de negócio de cada um de vocês”, ressaltou o presidente do Banco da Amazônia.
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Divisão dos recursos
Por meio do Plano Safra 2025/2026, o Banco da Amazônia busca fomentar a iniciativa que movimenta a economia da Região Amazônica com vistas a impulsionar o desenvolvimento agrícola e rural em toda a região.
Considerando o seu papel regional, o Banco da Amazônia apoia os produtores em técnicas voltadas à agricultura sustentável e práticas que promovem o equilíbrio entre o desenvolvimento econômico, a proteção ambiental e o bem-estar local. Para fomentar a agricultura, os recursos do Plano Safra são divididos entre investimento e custeio.
Confira a divisão dos recursos:
- R$ 3,6 bilhões são destinados para investimento;
- R$ 8,4 bilhões para custeio.
Confira a destinação em relação aos segmentos atendidos:
- R$ 4,8 bilhões para os pequenos e médios produtores;
- R$ 5,4 bilhões para a agricultura empresarial;
- R$ 1,8 bilhão para a agricultura familiar.
Em comparação com a safra 2024/2025, a destinação aos pequenos e médios produtores e à agricultura empresarial avançou 10% cada. Já o montante destinado aos projetos da agricultura familiar cresceram 38%.
Para a agricultura familiar, a taxa de custeio começa em 0,5% a.a. e a taxa de investimento também é de 0,5% a.a. “Mas elas têm uma gama de possibilidades e, ainda, com as possibilidades de ter 40% de desconto para pagamento em dia”, pontuou Luiz Lessa.
Já as taxas para os outros portes se iniciam em 14% a.a. para custeio e 8,5% a.a. para investimento.
Os valores das taxas são relacionados aos recursos do governo federal, já que os valores com os recursos do fundo constitucional ainda não foram definidos pelo governo.
O lançamento contou com a participação do Secretário de Estado da Agricultura Familiar, Cássio Alves Pereira, que destacou o papel do Banco da Amazônia e do plano para gerar oportunidades para as famílias produtoras da região.
Balanço do Plano Safra 2024/2025
Durante o lançamento do Plano Safra 2025/2026, o presidente do Banco da Amazônia também apresentou dados da safra anterior (2024/2025).
No último plano, o orçamento foi de R$ 11 bilhões. No entanto, a instituição aplicou R$ 12,6 bilhões. Nesse cenário, foram atendidos 46,2 mil contratos e a aplicação foi de 114,5% – superando o orçamento aprovado inicialmente.
“Isso significa que quando a gente coloca um orçamento, esse orçamento para gente é piso. Se no passado o orçamento era tratado como teto, hoje o orçamento para agricultura familiar, para o desenvolvimento da região, é piso. É de onde a gente parte para poder fazer as nossas entregas”, reforçou Luiz Lessa.
Para a Safra 2024/25, foi alocado R$ 1 bilhão para agricultura familiar. No entanto, o Banco fez 1,9 bi – o que representou um crescimento de 93% sobre o valor previamente estimado.
Fonte: Brasil 61