Albuquerque não tenciona demitir-se da presidência da Mesa do Congresso

Albuquerque não tenciona demitir-se da presidência da Mesa do Congresso

 

“Eu forçado a sair não sou. Quando eu quiser me ir embora, peço a demissão”, disse, assegurando que “neste momento” não está “a pensar nisso” e recordando ter sido eleito “em congresso”.

Miguel Albuquerque falava à margem de uma visita à Exposição de Meios de Proteção Civil, na Praça do Povo, no Funchal, no âmbito do Dia Internacional da Proteção Civil, onde se deslocou na qualidade de chefe do executivo madeirense, agora em gestão.

Albuquerque demitiu-se do cargo de presidente do Governo Regional depois de ser sido constituído arguido num processo sobre suspeitas de corrupção na Madeira, que levou à queda do seu executivo de coligação PSD/CDS-PP, com o apoio parlamentar do PAN.

A crise política forçou a estrutura regional do PSD a agendar eleições internas para 21 de março, sendo que Miguel Albuquerque é novamente candidato ao cargo que ocupa desde 2014 e vai disputar a liderança com o antigo secretário regional do Ambiente e Recursos Naturais Manuel António Correia, que apresentou a candidatura na quinta-feira, dia em que terminou o prazo para a entrega de listas.

Hoje, Miguel Albuquerque reiterou que não precisa do apoio do partido a nível nacional para tomar decisões, porque o PSD/Madeira tem autonomia.

Sobre a lista adversária, que reúne vários elementos da Juventude Social-Democrata, disse que “os militantes da JSD são livres para votar onde quiserem”, salientando que “ninguém pode monopolizar nenhuma estrutura”.

Por outro lado, recusou-se a comentar o facto de Sara Madruga da Costa, deputada na Assembleia da República, constar entre os apoiantes de Manuel António Correia, mas considerou que já nada o surpreende.

“Há sempre uma frase bíblica que eu costumo citar na política: sempre que sentires umas pedras nas costas, lembra-te sempre das últimas pessoas a quem fizeste o bem”, disse.

Em 21 de fevereiro, o Conselho Regional do PSD/Madeira indicou que as eleições diretas vão realizar-se em 21 de março e o congresso regional em 20 e 21 de abril.

“O objetivo desta marcação deveu-se à mudança de circunstância política”, explicou na altura o presidente daquele órgão, João Cunha e Silva, adiantado que “esta mudança espera pela decisão do Presidente da República”.

João Cunha e Silva garantiu também que o PSD está preparado para a possibilidade de o chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, chamar o presidente do partido para formar novo Governo Regional, com base na atual maioria parlamentar PSD/CDS-PP/PAN, ou para o caso de convocar eleições antecipadas na região autónoma, que só poderá ocorrer depois de 24 de março, seis meses após as últimas eleições legislativas regionais.

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