Três mil bombeiros militares passaram por atendimento psicológico em 2017 no AP

Três mil bombeiros militares passaram por atendimento psicológico em 2017 no AP


Centro de Saúde do Corpo de Bombeiros oferta tratamento e orientações aos profissionais da corporação. No ano passado, ao todo, foram 19 mil procedimentos realizados. Atendimentos são ofertados aos militares e aos familiares
Cassio Albuquerque/Arquivo G1
A intensidade e as emoções dentro do Corpo de Bombeiros atingem os militares das mais diversas formas, seja no trabalho interno ou na atuação direta no salvamento de vidas. No Amapá, a corporação tem atuado na orientação desses profissionais e, no ano passado, realizou quase três mil atendimentos psicológicos no setor de saúde da instituição.
Os serviços variam entre análises, consultas e conversas que algumas vezes resultam em pedidos de afastamento das funções. O acompanhamento é feito de forma mais próxima pelo Centro de Saúde dos Bombeiros, que além dos atendimentos psicológicos, atua com diversas especialidades médicas que resultaram 19 mil consultas e procedimentos no ano passado.
“Prestamos atendimento diário e também estamos sempre prontos a atuar nas situações que são de trauma, perda familiar, condições de desastres dos bombeiros. Atuamos nas sessões de terapia e no encaminhamento ao setor de psiquiatria para prescrição de medicamentos”, detalhou o tenente-coronel Pedromar Valadares, chefe em exercício do Centro de Saúde.
Profissionais que atuam em ações de resgate e salvamento são maior demanda
Abinoan Santiago/G1
Além dos problemas relacionados à mente, são atendidos em grande número os bombeiros que apresentam necessidade de tratamento de fisioterapia e ortopédico, com 1.805 e 1.684 atendimentos no ano passado, respectivamente. Os serviços são oferecidos gratuitamente.
“O nível de estresse desenvolvido pelos militares e a necessidade de afastamento ela é menor do que poderia ser. Essa é a missão do Centro, cuidar de quem salva, fazer esse acolhimento e devolver esse militar nas melhores condições possíveis, física e mental”, destacou Valadares.
Tenente-coronel Pedromar Valadares, médico e coordenador do Centro
John Pacheco/G1
O Centro de Saúde também recebe os familiares dos bombeiros, mas o tenente-coronel reforça que maior parte dos serviços são oferecidos aos militares. Segundo ele, a resistência de profissionais a buscar tratamento de saúde é pequena e que eles têm consciência sobre os riscos.
“Atrás da farda existe uma pessoa, suas frustrações físicas e emocionais e então é diferente. O serviço está de prontidão para atuar. Existem situações onde a pessoa civil atendida pela equipe vem a óbito e temos profissionais para atender momentaneamente esse profissional”, reitera.
A equipe de saúde do Corpo de Bombeiros é composta por 46 membros entre militares e trabalhadores da área médica cedidos, como especialistas, enfermeiros, dentistas, psicólogos, assistentes sociais e fisioterapeutas.
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