Centro de Saúde do Corpo de Bombeiros oferta tratamento e orientações aos profissionais da corporação. No ano passado, ao todo, foram 19 mil procedimentos realizados. Atendimentos são ofertados aos militares e aos familiares
Cassio Albuquerque/Arquivo G1
A intensidade e as emoções dentro do Corpo de Bombeiros atingem os militares das mais diversas formas, seja no trabalho interno ou na atuação direta no salvamento de vidas. No Amapá, a corporação tem atuado na orientação desses profissionais e, no ano passado, realizou quase três mil atendimentos psicológicos no setor de saúde da instituição.
Os serviços variam entre análises, consultas e conversas que algumas vezes resultam em pedidos de afastamento das funções. O acompanhamento é feito de forma mais próxima pelo Centro de Saúde dos Bombeiros, que além dos atendimentos psicológicos, atua com diversas especialidades médicas que resultaram 19 mil consultas e procedimentos no ano passado.
“Prestamos atendimento diário e também estamos sempre prontos a atuar nas situações que são de trauma, perda familiar, condições de desastres dos bombeiros. Atuamos nas sessões de terapia e no encaminhamento ao setor de psiquiatria para prescrição de medicamentos”, detalhou o tenente-coronel Pedromar Valadares, chefe em exercício do Centro de Saúde.
Profissionais que atuam em ações de resgate e salvamento são maior demanda
Abinoan Santiago/G1
Além dos problemas relacionados à mente, são atendidos em grande número os bombeiros que apresentam necessidade de tratamento de fisioterapia e ortopédico, com 1.805 e 1.684 atendimentos no ano passado, respectivamente. Os serviços são oferecidos gratuitamente.
“O nível de estresse desenvolvido pelos militares e a necessidade de afastamento ela é menor do que poderia ser. Essa é a missão do Centro, cuidar de quem salva, fazer esse acolhimento e devolver esse militar nas melhores condições possíveis, física e mental”, destacou Valadares.
Tenente-coronel Pedromar Valadares, médico e coordenador do Centro
John Pacheco/G1
O Centro de Saúde também recebe os familiares dos bombeiros, mas o tenente-coronel reforça que maior parte dos serviços são oferecidos aos militares. Segundo ele, a resistência de profissionais a buscar tratamento de saúde é pequena e que eles têm consciência sobre os riscos.
“Atrás da farda existe uma pessoa, suas frustrações físicas e emocionais e então é diferente. O serviço está de prontidão para atuar. Existem situações onde a pessoa civil atendida pela equipe vem a óbito e temos profissionais para atender momentaneamente esse profissional”, reitera.
A equipe de saúde do Corpo de Bombeiros é composta por 46 membros entre militares e trabalhadores da área médica cedidos, como especialistas, enfermeiros, dentistas, psicólogos, assistentes sociais e fisioterapeutas.
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