De acordo com o último relatório da empresa especializada Ookla, que analisa trimestralmente a Internet em todo o mundo, o desempenho da operadora detida pelo Estado moçambicano fica acima dos 21,46 Megabytes por segundo (Mbps) da operadora mais rápida no Senegal e próxima dos 30,13 Mbps da operadora na Costa do Marfim, mas também acima de operadoras em alguns países na América do Sul e da Ásia.
O relatório da Ookla, que analisa globalmente a rede em 52 países, refere ainda que no quarto trimestre de 2023, a Tmcel também apresentou “a maior consistência móvel” da rede de 91,6% – pelo menos uma velocidade mínima de download de 5 Mbps e uma velocidade mínima de upload de 1 Mbps – do tempo, entre as três operadoras móveis do país.
“Das cidades mais populosas de Moçambique, Maputo teve as velocidades médias de download móveis e fixas mais rápidas, com 26,33 Mbps e 14,65 Mbps, respetivamente”, lê-se no relatório.
Em setembro, o Presidente da Comissão de Gestão da Tmcel, Mahomed Adamo Mussá, afirmou, em Maputo, que a estatal moçambicana de telecomunicações está num “novo renascer”, no âmbito da revitalização das operações até maio de 2024, orçada em 132 milhões de dólares (123 milhões de euros).
“Os primeiros dois meses foram para elaborar um plano a 18 meses para reverter a situação da empresa (…) É isso que vamos fazer: um novo renascer”, afirmou Mahomed Adamo Mussá.
Os acionistas da operadora de telecomunicações móveis e fixas aprovaram, em maio, uma Comissão de Gestão, planos de revitalização da empresa e de redução de custos, a par de um estudo de rentabilização de centros de custos.
A administração mostrou crescimentos em vários indicadores com a inclusão de novos produtos e explicou que o projeto de expansão e modernização da rede de telecomunicações da Tmcel, orçado em 132 milhões de dólares (123 milhões de euros) e financiada pelo Eximbank da China, com conclusão prevista para maio de 2024, já foi executado a 57%, o que implicou, entre outros investimentos, a instalação de mais 778 antenas de transmissão do sinal de telecomunicações, numa previsão de 1.350.
Ainda no âmbito da modernização e expansão da rede, iniciada em janeiro de 2022, após “quase dez anos sem investimento”, a Tmcel, que opera uma rede de suporte de 7.600 quilómetros de fibra ótica e de 8.500 quilómetros de redes de acesso, já aumentou a cobertura de banda larga de 10 para 400 gigabits por segundo (Gbps).
“Já cobrimos todas as províncias do país, cumprindo assim com o nosso compromisso feito em setembro último de modernizar a rede de Lichinga e introduzir o 4.5G nesta cidade capital”, acrescentou Adil Ginabay. A entrada em funcionamento da nova rede na capital da província de Niassa acabaria por ocorrer em 08 de dezembro.
Atualmente, a quota de mercado da Tmcel em Moçambique é de 10 a 12%, em termos de clientes ativos, mas o objetivo assumido pela comissão de gestão passa por ultrapassar os 25% a médio prazo.
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