“Haveria repercussões muito graves não apenas para os Estados Unidos, mas também para a economia mundial, em caso de incumprimento no pagamento da dívida norte-americana”, declarou a diretora de comunicação do FMI, Julie Kozack, em conferência de imprensa telefónica.
“Encorajamos bastante as partes nos Estados Unidos a reunirem-se para alcançar um consenso e resolver com urgência este problema”, acrescentou.
Entre as consequências, Julie Kozack citou “taxas de juro mais elevadas, uma instabilidade mais ampla e repercussões económicas”.
Democratas e republicanos estão num impasse quanto à subida do teto da dívida norte-americana, uma manobra legislativa indispensável para que a primeira economia mundial possa continuar a contrair empréstimos e a fazer pagamentos.
Sem acordo, a primeira economia mundial entrará, potencialmente a partir de 01 de junho, em incumprimento, uma situação inédita.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que excluiu, no imediato, cortes orçamentais, acusando os republicanos no Congresso de manterem a economia “refém”, recebeu na quarta-feira na Casa Branca responsáveis dos dois partidos e está prevista nova reunião para sexta-feira.
Na quarta-feira, o antigo Presidente norte-americano Donald Trump, candidato às presidenciais de 2024, exortou os republicanos a “provocarem o incumprimento” se os democratas não fizerem “cortes significativos”, mas considerou que a situação será provavelmente evitada, porque os democratas vão ceder.
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