“Vamos crescer nas legislativas no dia 10 de março, vamos eleger mais deputados, mais deputadas e, acima de tudo, vamos ser determinantes. Não há maioria absoluta, há uma maioria para mudar o país e para virar a página com o Bloco de Esquerda”, afirmou.
Mariana Mortágua falava aos jornalistas depois de entregar a lista de candidatos a deputados pelo círculo eleitoral de Lisboa, acompanhada pela mandatária, Cátia Domingues, e por vários candidatos.
A líder bloquista disse que o partido quer ter “o melhor resultado possível”, mas não se comprometeu com metas concretas, apontando que “essa força só os eleitores podem dizer”.
“Mais do que comprometer-me com um número, eu acho que me devo comprometer com os eleitores com propostas concretas”, sustentou.
Nas últimas eleições legislativas, em 2022, o BE elegeu cinco deputados, dois dos quais pelo círculo de Lisboa.
Mariana Mortágua elencou que o objetivo para o próximo sufrágio “é baixar as rendas, o objetivo é abrir urgências de hospitais, é ter carreiras médicas, e é para essas maiorias, com propostas muito concretas, que vamos eleger deputados e deputadas”.
“Esse é o nosso objetivo, é mudar as condições de vida em Portugal, é fazer o que nunca foi feito, é corrigir os erros da maioria absoluta, é juntar os escombros do que ficou da escola, da saúde”, apontou.
A coordenadora do BE apontou que “as perspetivas do Bloco são de crescer, ter mais deputados e ter deputados que permitam construir maiorias para aprovar propostas, para baixar as rendas, para contratar médicos, para resolver o problema da escola pública, para subir os salários”.
“Queremos compromissos, estamos dispostos a fazer compromissos para criar estas maiorias. É para isso e para nada mais que isso, que servem as deputadas e os deputados eleitos pelo Bloco. Quanto mais força tiver o Bloco, mais fortes serão esses compromissos, mais fortes serão essas propostas”, salientou.
Mortágua destacou que esta lista é composta por “gente competente, ativistas em diversas áreas, gente exigente” e apontou que a mandatária é uma “professora dedicada não só à escola pública, como também às questões sindicais que têm afetado os professores ao longo dos últimos anos”.
“Defendemos a recuperação e o reposicionamento dos professores, porque é isso que manda a lei e é isso que é justo fazer, mas queremos mais, queremos defender a escola pública. Não podemos mais ter uma escola pública em que os alunos ficam sem aulas porque não há professores suficientes na escola, é preciso voltar a ter professores e que a vida de professor seja uma vida que as pessoas querem, que desejam, que procuram”, salientou.
À chegada ao tribunal, a delegação do BE foi abordada por elementos do Sindicato dos Funcionários Judiciais, que estão em greve.
“Os oficiais de Justiça têm há muito tempo sido injustiçados pelas condições de trabalho. A precariedade, os baixos salários são uma das condições para a Justiça hoje ser tão difícil e tão morosa, demorar tanto tempo”, lamentou Mariana Mortágua, salientando o compromisso do partido de “respeito pela sua carreira, pelas suas condições de trabalho”.
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