Numa mensagem de Ano Novo divulgada pelo gabinete de imprensa da CDU (coligação PCP/PEV), Paulo Raimundo afirmou que quer “os portugueses espalhados pelo mundo, quer os que vivem no país e trabalham “têm direito a uma vida melhor”.
O secretário-geral comunista disse conhecer, “por experiência própria, as dificuldades que enfrenta a grande maioria” dos portugueses, “em contraste com os grupos económicos, esses que acumulam 25 milhões de euros de lucros por dia”.
Considerando que “há muita gente justamente desiludida, indignada e descrente”, Paulo Raimundo defendeu que “o país tem futuro” e que “há meios, recursos, forças e vontades, há gente séria e honesta, capaz de recolocar o país no trilho de Abril, nesse Abril de esperança, direitos, conquistas e valores tão vivos na vida de cada um”.
“Contem connosco para esse caminho, esse caminho que é possível, necessário e urgente”, afirmou, defendendo que “mais força ao PCP e à CDU é força para combater retrocessos, defender direitos e avançar nas condições de vida”.
O líder comunista, que será o cabeça de lista por Lisboa, considerou também que de “cada vez que o PCP e a CDU avançam, reforçam-se as possibilidades de uma vida melhor”.
“Queremos e vamos mesmo construir essa vida melhor a que todos temos direito”, indicou.
Paulo Raimundo afirmou que “a injustiça e a desigualdade são uma dura realidade, mas não tem de ser, nem pode continuar assim”.
O secretário-geral do PCP destacou um “caminho que liberte o país da submissão dos grupos económicos, que respeite os trabalhadores e aumente salários e pensões, que salve o Serviço Nacional de Saúde, que assegure a escola pública e o acesso à habitação, que garanta direitos aos pais e às crianças”.
“Um caminho que está nas mãos de todos e de cada um. É esta a opção de todos os dias e também é isto que vai estar em jogo nas eleições que aí estão”, realçou.
Nesta mensagem de Ano Novo, Raimundo manifestou ainda “confiança na superação” dos “problemas que atravessam o mundo” e desejou “a todos os povos paz e progresso social”.
Portugal vai ter eleições legislativas antecipadas em 10 de março de 2024, marcadas pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, na sequência da demissão do primeiro-ministro, António Costa, em 07 de novembro, alvo de uma investigação do Ministério Público no Supremo Tribunal de Justiça.
A campanha eleitoral para as legislativas vai decorrer entre 25 de fevereiro e 08 de março.
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