José Manuel Bolieiro, candidato à presidência do Governo Regional dos Açores pela coligação PSD/CDS-PP/PPM nas legislativas regionais de domingo, disse hoje durante uma ação de campanha nas ruas da freguesia de São Pedro, em Ponta Delgada, São Miguel, que repudia e desmente uma suposta reunião com o Chega, que anda a ser divulgada nas redes sociais.
“Eu queria aproveitar […] para renovar o meu repúdio à campanha de insinuações. Eu tenho procurado fazer uma campanha eleitoral de esclarecimento cívico com as ideias, desde logo também assumindo a responsabilidade do legado que apresento, enquanto recandidato e presidente do Governo, da minha governação”, disse.
Por isso, acrescentou, a coligação apresentou a agenda de governação, sendo que “o esclarecimento cívico de campanha eleitoral é para este efeito”.
“E, agora, estou sendo confrontado com uma campanha com algumas insinuações e mentiras que quero repudiar e desmentir. Desde logo, que terá havido uma reunião secreta, da coligação com o Chega. Isto é falso e é já nota clara do desespero de quem quer fazer uma campanha eleitoral, não de esclarecimento, mas de insinuação. Eu repudio e desminto”, declarou aos jornalistas.
José Manuel Bolieiro adiantou ainda que já seguiu uma participação para a Comissão Nacional de Eleições, “quer contra uma pessoa identificada, candidata do Partido Socialista, e desconhecidos, que andam a divulgar pelas redes sociais, uma suposta reunião e um suposto compromisso que é falso”.
“Eu gostaria de, com a humildade democrática, pedir, por favor, desenvolvam uma campanha eleitoral de esclarecimento cívico das vossas propostas, das alternativas e não das insinuações, ainda por cima por referência à minha projeção política, designadamente no quadro da coligação e da governação que quero desenvolver”, afirmou.
Salientando que acredita que “os eleitores agradeciam uma campanha a esse nível”, o candidato da coligação PSD/CDS-PP/PPM afirmou que não vai “repetir desmentidos dia sim, dia sim”, mas hoje quis responder “de forma clara e inequívoca”.
José Manuel Bolieiro voltou ainda a repetir que não tem “qualquer acordo com o Chega”.
“Eu já disse que não há junção alguma [com o Chega] e que quero pedir aos eleitores uma maioria estável para a continuidade do meu projeto de governação, que tem políticas públicas assumidas, concretizadas e com bons resultados, escrutináveis, não apenas na estatística, mas também naquela que é a referência dos próprios autores e atores da nossa vida social, económica”, referiu.
O candidato da coligação disse também querer “convencer o eleitorado da importância de um voto útil, de um voto que dê estabilidade governativa para que não tenhamos eleições ano sim, ano sim”, visto que já há três crises políticas em Portugal, uma no continente e de caráter nacional, outra na Madeira, além da que existiu nos Açores.
“Há possibilidades de resolver de forma clara, objetiva e estável a crise política nos Açores e com uma governação de estabilidade para cumprir a legislatura, já no dia 04 de fevereiro”, insistiu, reforçando que tal é possível com o voto útil e com o voto estratégico que garanta” uma maioria de estabilidade” ao seu projeto.
O líder da coligação PSD/CDS-PP/PPM e do PSD/Açores adiantou também que o presidente do partido, Luís Montenegro, estará na sexta-feira nas ilhas das Flores e Corvo e, no domingo, participará na noite eleitoral, em São Miguel.
Onze candidaturas concorrem às legislativas regionais, com 57 lugares em disputa no hemiciclo: PSD/CDS-PP/PPM (coligação que governa a região atualmente), ADN, CDU (PCP/PEV), PAN, Alternativa 21 (MPT/Aliança), IL, Chega, BE, PS, JPP e Livre.
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