Pedro Adão e Silva falava na abertura da sexta edição do Congresso Literacia, Media e Cidadania, que arrancou hoje, até sábado, na Escola Superior de Comunicação Social do Instituto Politécnico de Lisboa, em Benfica, cujo mote escolhido pelo GILM – Grupo Informal sobre a Literacia para os Media é “Transição Digital e Políticas Públicas”.
Antes da intervenção na abertura do congresso, o governante tinha avançado que o plano arrancaria este ano, tal como tinha anunciado em novembro último.
“Este plano será criado ainda durante o ano de 2023, até final do primeiro semestre” e vai aproveitar a “capilaridade que o Plano Nacional de Leitura já dispõe”, acrescentou o ministro.
“O objetivo primordial do plano é dar condições aos atores que estão no terreno para que prossigam e expandam o seu trabalho para que definam linhas orientadoras gerais, o plano deve desde logo identificar lacunas, dando prioridade aos segmentos da população mais vulneráveis à desinformação, em relação aos quais a oferta atual seja insuficiente”, prosseguiu Pedro Adão e Silva.
Além disso, “tem de incentivar a produção de conteúdos sobre temas que não tenham ainda recebido a atenção necessária e dirigidos a grupos sociais que estejam particularmente carenciados e é preciso também ter em conta a necessidade de criar conteúdos informados acessíveis, adaptados a pessoas com necessidades especiais, incluindo linguagem gestual portuguesa e com legendagem”, salientou, elogiando o congresso por ter linguagem gestual portuguesa.
“Acredito que é crucial estabelecer laços de confiança entre os cidadãos e os órgãos de comunicação social para contrariar esta perda de credibilidade das instituições de intermediação”, nomeadamente estimulando o contacto direto dos cidadãos com jornalistas e outros profissionais, ajudando a humanizar as instituições.
O ministro disse ainda que o plano tem de ter “agilidade necessária” para se manter atualizado e que as ações do plano “têm de incluir” mecanismos de avaliação qualitativa.
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