Findado o segundo dia do 24.º Congresso Nacional do Partido Socialista (PS), em que o secretário-geral Pedro Nuno Santos discursou pela primeira vez, um protagonista inesperado foi o Presidente da República, que recebeu críticas de vários setores socialistas.
O histórico membro do partido Manuel Alegre considerou, no seu discurso, que a dissolução do Parlamento foi um “erro”, porque “trocou o certo pelo incerto”. Já o líder parlamentar do PS, Eurico Brilhante Dias, disse que a dissolução tirou à maioria parlamentar a “oportunidade legítima” de continuar e o presidente do partido, Carlos César, considerou que não fez “o que lhe era politicamente devido”.
A defendê-lo esteve, no entanto, o presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, que disse que Marcelo Rebelo de Sousa “não é alvo”.
O dia ficou também marcado pelas críticas à Direita, com Pedro Nuno Santos, que acusou o líder do PSD, Luís Montenegro, de um “vazio de projeto”. “Os portugueses não esquecem [o executivo de Passos Coelho], têm boa memória, não se deixam enganar com estes malabarismos, tal como não se esquecem de quando também governaram juntos, entre 2002 e 2004, quando Durão Barroso se foi embora para Bruxelas e deixou o país num caos”, defendeu.