O líder do Livre admitiu, esta sexta-feira, que não “compreenderia que na Madeira não houvesse a mesma decisão” que houve no Continente, se Miguel Albuquerque se demitir.
Para Rui Tavares, a demissão após uma acusação, “é sempre uma decisão pessoal e de consciência” e “mal vai a democracia que não respeite a esfera da autonomia individual e das decisões que as pessoas devem tomar”. Contudo, “também mal irá a democracia que não tenha critério”.
Por isso, defende o líder do Livre, perante a notícia que dá conta que o Presidente da República poderá aceitar um governo regional sem Albuquerque, “não se percebe que possa haver um critério para a República e um critério para a Madeira diferente”.
“Respeitamos a decisão de cada órgão de soberania, mas os critérios devem ter algum tipo de consistência”, atirou Rui Tavares, que está de visita à cidade do Porto, acrescentando que “a República é a mesma, a democracia é a mesma em todo o país e os critérios devem ser os mesmos”.
Recorde-se que, segundo o jornal Expresso, Marcelo Rebelo de Sousa terá aceitado novo governo na Madeira, sem Miguel Albuquerque, caso os partidos que suportam neste momento o governo – PSD, CDS e PAN – aceitem e desde que a presidência seja assumida por alguém que nunca tenha estado envolvido nas decisões dos últimos anos, nem tenha tido qualquer relação com os grupos económicos que estão sob investigação.
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