"Liberdade de expressão não pode ser confundida com agressão"

Cristina Ferreira foi ouvida na tarde desta quinta-feira, dia 2 de fevereiro, a propósito da petição contra o ódio e agressão gratuita na Internet que foi criada após o lançamento do seu livro intitulado ‘Pra Cima de Puta’.

Mais tarde, nas redes sociais, a apresentadora fez uma nova publicação onde falou sobre o que aconteceu.

“O debate chegou hoje à Assembleia da República. Fui recebida em comissão parlamentar para defender a petição assinada por mais de 50 mil pessoas na sequência do lançamento do livro cuja temática assenta na disseminação do discurso de ódio na internet. A discussão foi feita com representantes dos vários partidos com assento na assembleia e segue para plenário em breve.

A tipificação do crime de ofensa nas redes sociais e a criação de uma entidade reguladora foram alguns dos pontos por mim defendidos nesta comissão. A liberdade de expressão não pode ser confundida com a liberdade de agressão. A necessidade de debate e regulamentação foi referida por todos como premente e, por isso, avançar para plenário deixa-me profundamente feliz e convicta de que a minha voz está a ser usada num tema da mais profunda relevância social.

Nas redes sociais somos todos figuras públicas. E, sem formas de regulação e sem o seu exercício, julgamentos sumários e agressões gratuitas continuarão a multiplicar-se impunemente na internet. Um espaço de socialização importantíssimo para não ter um olhar célere e capaz de prevenir futuros danos geracionais. Hoje foi um dia importante”, pode ler-se.

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