JS diz que reforma das ordens assegura "dignidade no início da carreira"

JS diz que reforma das ordens assegura "dignidade no início da carreira"

Em declarações aos jornalistas, na Assembleia da República, o socialista Miguel Costa Matos quis comentar a promulgação pelo Presidente da República, na segunda-feira, dos decretos que alteram os estatutos das ordens profissionais. Estes diplomas foram confirmados na semana passada no parlamento, depois de terem sido vetados por Marcelo Rebelo de Sousa, o que obrigou constitucionalmente o chefe de Estado a promulgá-las.

O socialista Miguel Costa Matos salientou a importância desta reforma, que “esteve muitos anos na gaveta” e é “sobretudo importante para os jovens”.

“Esta reforma visa assegurar que um jovem tem dignidade no início da sua carreira profissional, nomeadamente assegurando que o estágio é remunerado, que tem uma duração limitada e também que não há uma dupla certificação e avaliação daquelas que são as competências que foram já avaliadas na universidade ou no instituto politécnico”, sustentou.

O líder da JS ressalvou que os socialistas não são “contra as ordens profissionais” mas dão “prioridade ao acesso dos jovens à profissão”.

“Assim asseguramos que os jovens têm melhores condições para se fixarem no nosso país, que têm maior dignidade, e isso é não só uma mais valia para esses jovens mas também para o nosso país, que assim vai ter mais médicos a não verem a sua formação limitada por parte das ordens, mais advogados que não vão passar um ano inteiro sem ver um salário e poder assim entrar nessa profissão e servir a justiça, e, portanto, congratulamo-nos por esta reforma da maior importância para o nosso país”, realçou.

Na sexta-feira, o PS reconfirmou no Parlamento os diplomas relativos à alteração aos estatutos das ordens dos engenheiros, arquitetos, médicos, enfermeiros, advogados e solicitadores e agentes de execução.

Numa nota publicada segunda-feira na página da Internet da Presidência, o chefe de Estado lembrou que é “obrigado a promulgar os diplomas que tenha vetado e tenham sido confirmados pela Assembleia da República, por maioria absoluta”.

“Fá-lo, no entanto, com duplo conforto: primeiro, a certeza de que o tema regressará muito em breve aos trabalhos parlamentares, conforme prometido unanimemente no Parlamento; segundo, o facto de os importantes montantes recebidos de Bruxelas no final do ano passado, possam ter servido para incentivar a realização da prioridade da redução da dívida pública”, lê-se na mesma nota.

Leia Também: Promulgadas alterações aos estatutos das ordens após confirmação da AR

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