João Rôlo, conhecido estilista português, esteve à conversa com Júlia Pinheiro, partilhando um pouco da sua história de vida. A certo momento, o criador de moda foi questionado sobre os pais, particularmente o momento da sua morte, que a apresentadora considerou tocante.
“A minha mãe começou a ter princípios de demência, então tinha falta de oxigénio no cérebro. Mas o meu pai, dentro de uma pessoa normal com as maleitas dos 88 anos, estava bem”, contextualiza João.
Entre idas e vindas do hospital, houve uma vez que a mãe do estilista não regressou, acabando por morrer.
“O meu pai não quis ir ao velório e ao funeral. Estava meio constipado e tinha medo porque as igrejas eram frias… Estava em negação, completamente”, reconhece o entrevistado.
“No outro dia ao seguir ao velório saímos e fomos a cada dele para almoçar e estarmos com ele. Entretanto tive de ir para o atelier porque tinha compromissos. À noite estou a chegar a casa e o meu irmão liga-me: ‘João, o pai acabou de falecer’. Ele já tinha enviado uma mensagem a dizer que ele se tinha sentido mal e que o tinham levado para o hospital”, partilha, confessando que nada fazia prever este desfecho.
“Isso é que ninguém está à espera. Nunca se está preparado. Ser no dia do enterro da minha mãe, é horrível. É um dia em que estamos super fragilizados, a precisar de carinho”, confessa.
O entrevistado conta que o seu lado “espiritual” o ajudou a lidar com ambas as perdas. “As almas gémeas acabam sempre por morrer juntas. O meu pai morreu de desgosto”, completa.
Veja aqui a entrevista.
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