IL admite governos de maioria relativa de Direita sem o Chega nas ilhas

IL admite governos de maioria relativa de Direita sem o Chega nas ilhas

“A democracia tem sempre soluções. Se não houver um governo de maioria absoluta, há um governo de maioria relativa”, disse Rui Rocha ao ser confrontado com a eventual impossibilidade de se formarem maiorias de direita nas duas regiões autónomas sem a participação do partido de André Ventura.

“Os governos de maioria absoluta provaram, ainda agora, que não funcionam e que caem ao fim de um ano e meio de estagnação, de problemas, de crises e  tudo isso. Porque é que um governo de outra natureza não poderá funcionar melhor? Vamos ter a possibilidade de testar isso”, acrescentou o líder da IL, que falava aos jornalistas após uma reunião com o diretor-geral da Associação da Indústria da Península de Setúbal (AISET).

Confrontado com o facto de o presidente do PSD/Açores, José Manuel Bolieiro, não ter fechado a porta a um eventual entendimento com o Chega, ao contrário do que tem sido o discurso do líder nacional do PSD, Luís Montenegro, que recusa essa possibilidade, Rui Rocha considerou que não se trata de um problema da IL.

 “A Iniciativa Liberal tem uma particularidade: é muito clara em todas essas situações, diz aos portugueses, claramente, qual é o seu posicionamento e, portanto, eu não posso tomar as dores de outros”, disse.

  “Relativamente a esta matéria, eu tenho ouvido o que Luís Montenegro tem dito – tem insistido que para o PSD isso também não é uma possibilidade -, e eu não posso duvidar daquilo que é um compromisso de Luís Montenegro e do PSD. As situações do PSD na Madeira, as situações do PSD nos Açores, as declarações de Bolieiro, são temas do PSD. Sobre essa matéria não me vou pronunciar”, acrescentou Rui Rocha.

  Após o encontro com a AISET, em que foram abordados os problemas das empresas, mas também as soluções, que na perspetiva da IL passam por uma redução de vários impostos, Rui Rocha manifestou também preocupação com os maus resultados  dos alunos portugueses nas provas de aferição e na recente avaliação pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico(OCDE), através do PISA (Programme for International Student Assessment).

  “Nós temos propostas concretas de curto prazo, de emergência: o desafio a professores reformados para que, voluntariamente, possam regressar ao ensino – onde faltam professores – acumulando pensão com salário de valor determinado”, disse.

“Temos planos de recuperação de emergência, porque se perderam muitas aprendizagens nos últimos anos, nomeadamente durante a pandemia, e a reintrodução de avaliações obrigatórias de final de ciclo, porque isso é importante para os alunos e é importante também para o sistema”, acrescentou Rui Rocha, considerando que as avaliações dos alunos são necessárias para verificar se há, ou não, melhorias nas aprendizagens.

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