O secretário-geral do PSD exigiu hoje explicações sobre a compra de aquisições de participações dos CTT, que segundo o próprio foi uma decisão liderada por Pedro Nuno Santos (PNS).
“Foi um capricho de Pedro Nuno Santos que motivou a compra das participações dos CTT”, afirmou Hugo Soares, referindo que a “intenção de PNS é de nacionalizar tudo o que é privado”.
Afirmando que esta situação já se tinha verificado com a nacionalização da TAP, negócio em que os portugueses perderam muitos milhões, o social-democrata repetiu várias vezes que “depois de brincar aos aviões, o secretário geral do PS e candidato a primeiro-ministro quis brincar aos correios”.
“É preciso saber a razão. Ele tem de dar a cara e explicar”, apontou Hugo Soares, explicando que “nos termos da lei, a decisão de compra da aquisição de participações deve ser feita por um despacho do Ministério da Justiça, que deve ser público, mas também com o aval da concordância e orientação do ministério que tutelava as comunicações em Portugal, e esse ministério era dirigido por Pedro Nuno Santos”.
“Que digam definitivamente ao país o que é que está em causa neste negócio que neste momento é envolto em grande obscuridade”, declarou.
O secretário-geral do PSD alegou que “o Estado já está a perder dinheiro” com a compra de ações dos CTT e referiu que “tem de ser feita, nos termos da lei, por decisão conjunta do Ministério das Finanças e do ministério que tutela a área setorial”.
Seguiu-se ainda, também, um desafio a António Costa. “Exorto o primeiro-ministro, já que está tão motivado para a campanha eleitoral, usando o Governo de Portugal para fazer campanha para o PS, que se lembrou agora, a cerca de dois meses das campanhas legislativas, de visitar tudo quanto são obras, ainda por cima atrasadas e mal executadas, para que numa dessas visitas tenha a oportunidade de explicar ao país o que motivou a compra de participações sociais dos CTT por parte da Parpública”.
Recorde-se que esta terça-feira, o Jornal Económico avançou que a Parpública adquiriu ações dos CTT, entre 2020 e 2021, por ordem do Governo, mantendo atualmente uma participação não-qualificada no capital da empresa que gere o serviço universal de correios.
A compra das ações dos CTT teve lugar numa altura em que António Costa procurava assegurar o apoio do Bloco de Esquerda para aprovar o Orçamento do Estado para 2021, indica o mesmo jornal.
[Notícia atualizada às 13h11]
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