Débora Monteiro sofreu depressão pós-parto. "Não estava a aguentar"

Débora Monteiro começou a trabalhar pouco tempo depois de ter sido mãe das gémeas Alba e Júlia na quarentena, em 2020. Na altura, recebeu o convite para fazer parte da equipa de apresentadores do ‘Domingão’, desafio que aceitou, apesar das pessoas com quem falou lhe terem dito para recusar o convite de Daniel Oliveira.

“Virei mãe leoa. Tinha duas bebés e pensei que tinha de trabalhar, o Miguel [Mouzinho, companheiro e pai das meninas] é da área da restauração e tinha tudo fechado”, explicou, referindo-se aos motivos que a levaram a aceitar o desafio de ser apresentadora.

As questões do corpo, o facto de não ter consigo ficar “impecável” logo após ter sido mãe, não a impediram de trabalhar na televisão, até porque sentiu que iria mostrar a realidade de que nem todas as mulheres conseguem ficar em forma logo após darem à luz.

“Tive mesmo dificuldade em emagrecer”, recordou, partilhando que não quer passar às filhas nenhum tipo de “inseguranças físicas”, mas sim a aceitação.

Na altura, com o início da pandemia da Covid-19, sempre que chegava a casa do trabalho fazia questão de tirar logo a roupa, ir tomar banho e só depois é que corria para as filhas.

Uma fase em que estava “muito sensível” e com os dias preenchidos, levando-a a um nível de exaustão, apesar de ter tido a ajuda do companheiro, Miguel Mouzinho, e da mãe, que a ajudou nos primeiros meses de vida das filhas.

Além do ‘Domingão’, passados três meses de ter sido mãe, começou a gravar a novela ‘Amor Amor’ e ainda fazia o ‘Olhá SIC’. Sobre a novela, destacou, os colegas de trabalho foram sempre muito “respeitadores” e preocupavam-se com o seu bem estar.

“Ao fim de um tempinho senti que já não estava a aguentar e fui-me mesmo a baixo. Um apoio essencial foi o da Raquel Tavares”, lembrou, não deixando de lado também o apoio do companheiro.

Ao recordar um episódio marcante, contou que houve um dia que estava no camarim e desatou a chorar, após Raquel Tavares lhe ter perguntado como tinha sido o seu sábado. “Disse-lhe que não estava bem e que precisava de ajuda. Foi a pessoa certa porque ajudou-me. Foi ela que me ajudou a procurar terapia”, partilhou, falando da depressão pós-parto.

“Tinha um sentimento de culpa gigante por não ter estado com as meninas. O querer protegê-las e ser mãe leoa, e ir logo trabalhar, fez com que não tivesse tempo com elas. Senti que me dediquei tanto porque estava muito feliz a trabalhar, estavam a dar-me oportunidades que nem todos têm. Pensei, será que fui egoísta Será que quis agarrar tudo e fui egoísta Isso às vezes passa-me pela cabeça, são coisas que ainda estou a resolver”, confessou.

Com a ajuda da terapia, diz, “o sentimento de culpa acabou por ficar mais leve”, e hoje sabe que “o tempo que passa com as filhas é de qualidade”. “Agora tenho plena consciência de que aproveito tudo”, afirmou.

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