“O almoço foi confirmado entre nós – são dois camaradas que vão almoçar. A passagem do testemunho já foi feita no congresso do partido […], mas obviamente que somos camaradas e continuaremos a trabalhar em conjunto”, declarou Pedro Nuno Santos.
Falando à imprensa portuguesa em Bruxelas, no dia em que se deslocou à capital belga para se reunir com responsáveis socialistas europeus, Pedro Nuno Santos disse que António Costa, que está na cidade para assistir à cerimónia da Comissão Europeia a Jacques Delors e para participar na cimeira europeia extraordinária de quinta-feira, é “dos líderes políticos mais respeitados e admirados ao nível europeu e isso é um motivo de orgulho”.
“O peso dessa responsabilidade é enorme, a consciência da realidade e que sucedo a um grande líder político em Portugal e na Europa”, acrescentou.
Dois camaradas em Bruxelas, juntos para discutir o presente e o futuro da Europa e do nosso #PortugalInteiro.
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Questionado sobre um eventual futuro cargo europeu para o ex-secretário-geral do PS e atual primeiro-ministro demissionário, como o de presidente do Conselho Europeu, Pedro Nuno Santos vincou: “António Costa será aquilo que desejar e terá o apoio do PS”.
Vincando que o PS tem “um projeto político muito diferente” da oposição, a poucas semanas das eleições legislativas de março, o líder socialista apontou que “os partidos de direita não crescem porque se fala ou deixa de falar neles”.
“Era só o que faltava, que houvesse uma força política em crescimento sobre a qual não se pudesse dizer nada. Há uma força política em crescimento em Portugal e não podemos ignorar, aliás, não temos o direito de ignorar, temos de assumir e dar-lhe combate”, argumentou.
E adiantou: “A única forma de travarmos o avanço da extrema-direita é com os socialistas e com o PS em Portugal”.
Falando sobre uma eventual coligação entre a Aliança Democrática (AD) e o Chega, Pedro Nuno Santos apontou que, “nos Açores, também houve promessa de não haver entendimento e houve entendimento para governar”.
“Sobre haver zero hipóteses de haver entendimento, […] também sabemos que, sem entendimento, há zero hipóteses de o PSD vir a liderar um Governo em Portugal e, por isso, das duas uma: ou uma vitória do PSD significa instabilidade política em Portugal ou há uma aliança com a extrema-direita”, elencou.
“Sabemos, ao dia de hoje, que a AD ou o PSD nunca governará em Portugal sem uma aliança com o Chega”, reforçou ainda o líder socialista.
[Notícia atualizada às 12h11]
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