Em comunicado, o até agora autarca indicou que a suspensão, automática e por imperativo legal, produz efeitos desde a passada sexta-feira, dia em que o PS entregou as listas de candidatos no Tribunal de Évora.
Na semana passada, em declarações à agência Lusa, Luís Dias tinha referido que iria renunciar ao cargo de presidente do município, mas o ex-autarca justificou hoje que a figura legal que, afinal, se aplicava automaticamente era a da suspensão.
“Após o partido analisar a legislação mais recente, verificou-se que a figura legal era a da suspensão automática e imediata com a entrada das listas em tribunal e até à data das eleições”, precisou Luís Dias à Lusa.
O até agora presidente da autarquia, a cumprir o seu terceiro e último mandato em Vendas Novas, é substituído no cargo por Valentino Salgado Cunha, que era vice-presidente, enquanto a primeira suplente da lista socialista candidata à câmara, Susana Gonçalves, passa a vereadora.
“Este fim de ciclo na câmara municipal não me fará abandonar nunca a minha terra”, prometeu Luís Dias, frisando que o “novo desafio”, caso seja eleito para a Assembleia da República, lhe “permitirá continuar a servir Vendas Novas”.
Técnico superior de Línguas e Literaturas Modernas, com pós-graduação em Gestão de Informação e curso de mestrado em Políticas Públicas e Projetos, Luís Dias, de 40 anos, é também, desde março de 2020, presidente da Federação Distrital de Évora do PS.
Num círculo em que são eleitos três deputados, o PS dispõe, na legislatura que agora termina, de dois parlamentares, Luís Capoulas Santos, antigo ministro da Agricultura, e Norberto Patinho, antigo autarca de Portel, cabendo ao PSD o outro deputado, a jurista Sónia Ramos (que encabeça a lista da AD neste novo ato eleitoral).
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