José Manuel Bolieiro disse hoje aos jornalistas que, no âmbito da cadeia de valorização das carreiras dos profissionais de saúde, no incentivo à melhoria e ao progresso na carreira e da recuperação remuneratória, “os médicos ficaram na segunda linha”, mas o seu executivo recebeu contributos para a criação de incentivos para a sua fixação.
O também presidente do Governo Regional indicou que tem recebido boas opiniões dos médicos e dos sindicatos relativamente aos “incentivos de fixação para aqueles que estão no arquipélago” e também ao “incentivo de captação especial, porque é preciso que outros, que ainda não descobriram os Açores, este paraíso para trabalhar, sintam, através desta opção estratégica do incentivo especial, que podem descobrir os Açores para trabalhar”.
O candidato social-democrata explicou que o executivo que lidera tem estado a desenvolver este plano, que tem feito parte do diálogo com os profissionais de saúde e, “em particular, com os médicos”.
“Naturalmente que a parte financeira e remuneratória é muito importante, mas não é só. Existem outro tipo de incentivos que eles têm aportado no sentido de estarem melhor preparados enquanto profissionais, na sua formação contínua, na preparação de instalação para as suas famílias”, acrescentou.
Segundo o líder da coligação PSD/CDS-PP/PPM, há “uma panóplia de soluções” que os clínicos “reivindicam com razão” e é útil “encontrar soluções que efetivamente possam ser incentivos à fixação e à captação”.
O atual presidente do Governo Regional e líder do PSD/Açores visitou hoje de manhã, no 6.º dia de campanha para as eleições regionais antecipadas, marcadas para 04 de fevereiro, a Unidade de Saúde da ilha das Flores, em Santa Cruz das Flores, onde destacou que a região não vive o “caos” registado no Serviço Nacional de Saúde (SNS).
“Os profissionais de saúde nos Açores, e no quadro do Serviço Regional de Saúde dos Açores, têm sido fantásticos porque, apesar destas contingências todas que aqui estamos a falar, quanto à importância da fixação de médicos e captação dos mesmos, e de todos os profissionais de saúde em geral, a verdade é que nunca houve colapso nem rutura aqui nos Açores”, apontou Bolieiro.
O candidato frisou ainda que a gestão do executivo por si liderado “tem demonstrado capacidade de diálogo”, ao contrário do que acontece no Serviço Nacional de Saúde, “que é o caos”.
“E isto também é revelador e, permitam, sem imodéstia ou falsa modéstia, pelo menos, a minha congratulação pelo esforço que na governação e nestes profissionais temos feito, em conjunto, para garantir paz social nessa matéria e funcionalidade ao Serviço Regional de Saúde, aos hospitais, às unidades de saúde de ilha e concelhias que temos tido em plenitude”, concluiu.
Depois de referir que a saúde “tem de ser uma prioridade da governação”, admitiu a existência de “muitas dificuldades” na ilha das Flores.
Bolieiro deixou aos florentinos a garantia da retoma da fisioterapia na Unidade de Saúde de Ilha e lembrou que o orçamento de 2024, que foi chumbado no parlamento, previa a colocação de um aparelho de TAC (Tomografia Axial Computorizada).
Onze candidaturas concorrem às legislativas regionais, com 57 lugares em disputa no hemiciclo: PSD/CDS-PP/PPM (coligação que governa a região atualmente), ADN, CDU (PCP/PEV), PAN, Alternativa 21 (MPT/Aliança), IL, Chega, BE, PS, JPP e Livre.
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