Baião promete regresso aos anos 80 com festival Revolução Grisalha

O festival que se realiza pela primeira vez insere-se numa estratégia de promoção territorial de Baião, onde na última década o turismo tem-se afirmado como porta de entrada no concelho.

Com um orçamento de cerca de 70 mil euros, nesta primeira edição o município aposta numa programação com nomes nacionais e internacionais, onde há também lugar para projetos musicais de índole local.

“Destaco, logo no primeiro dia, os Nau, uma banda de muita qualidade de músicos de Baião que vão puxar por temas daquela década. Os Alchemy, grupo espanhol com o guitarrista Roberto Sánchez, revelou o autarca de Baião, Paulo Pereira, em dia de apresentação do festival que este ano tem lugar no Centro Cívico de Santa Marinha do Zêzere, uma das três vilas que constituem o concelho de Baião.

No sábado (01 de julho), a aposta musical recai na Banda de Santa Marinha do Zêzere e em José Cid e, no domingo (02 de julho), a fechar o festival, sobem ao palco a Banda Remember.

Nos três, a programação estende-se noite dentro com ‘Metropolis Night DJ’, numa alusão a uma antiga discoteca existente no concelho nos anos 80/90.

A vertente musical do festival, é complementada, acrescentou o autarca de Baião, com atividades que pretendem recriar o espírito dos anos 80 e 90, como são exemplo os jogos de ‘Arcade’, com a instalação de duas dezenas de ‘flippers’.

Na Casa de Baião, no Porto, Paulo Pereira explicou que o ‘eco-festival’ pretende assumir-se também como um lugar de partilha de experiências entre várias gerações, contribuindo em simultâneo para a economia não só do concelho, mas também daquele território.

“Assume-se também num contexto de programas arrojados que temos trazido para o território. Ainda no mês passado inaugurámos o Mosteiro de Ancede — Centro Cultural que tem uma oferta de nível superior. Tivemos no final do ano passado uma exposição ‘Grandes Mestres’ em que trouxemos originais como Picasso, Andy Warhol, Salvador Dali ou Paula Rego. Nesta altura, está a decorrer uma exposição de Cargaleiro, com 65 peças. Este festival complementa a oferta cultural, trazendo este tipo de iniciativas para territórios que não tem esta mesma oferta”, revelou.

Em conversa com os jornalistas, o autarca admitiu estar “muito expectante” com a realização desta iniciativa que espera possa atrair mais pessoas para o concelho onde, entre 2015 e 2022, o turismo cresceu 110%, tendo registado no último ano 78 mil dormidas.

Assumindo desde já regresso da Revolução Grisalha em 2024 e 2025, o autarca antecipa que as próximas edições tenham lugar nas duas outras vilas que compõem o município: Ancede já no próximo ano e a sede do concelho em 2025.

Com a missão de trazer novos públicos nacionais ao território, a Revolução Grisalha pretende também ser um polo de atração para os espanhóis, com destaque para a Galiza.

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