Numa mensagem que será transmitida num tempo de antena do PSD às 19h30 na RTP1 e difundida nas redes sociais do partido, Luís Montenegro salienta que o Natal é um momento em que as famílias se reúnem para avaliar “as suas vidas, os seus projetos, os seus desafios e também a vida, os projetos e os desafios do país”.
“Neste Natal, temos uma situação de incerteza e indefinição em Portugal. O primeiro-ministro demitiu-se e o Governo foi demitido. Temos, portanto, uma crise política em cima dos grandes problemas e constrangimentos económicos e sociais que já vivemos”, refere.
No entanto, o presidente do PSD, considera que “esta crise política é também uma oportunidade”.
“Uma oportunidade de mudarmos de Governo, uma oportunidade de mudarmos de vida, uma oportunidade de resolvermos os problemas que efetivamente sentimos em cada dia”, afirmou.
Montenegro afirmou que o PSD e ele próprio não se conformam com um país “onde os mais jovens emigram em busca de uma oportunidade”, onde “a classe média vive fustigada, asfixiada por uma elevadíssima carga fiscal” ou onde “os pensionistas a cada ano vão perdendo poder de compra e ficam cada vez mais isolados”.
“Este Natal é também uma oportunidade de nós olharmos para Portugal e vislumbrarmos um futuro, uma esperança, uma ambição nova”, defendeu.
O líder social-democrata considera ser possível ter um país a crescer mais do ponto de vista económico, “gerir melhor os principais sistemas na saúde, na educação, na habitação”, sem deixar de lados as preocupações éticas.
“É possível termos uma sociedade mais justa, mais transparente, onde as questões éticas estejam na primeira linha do comportamento dos agentes políticos e dos agentes públicos”, afirmou.
Montenegro recorda ainda que, em 2024, se vão celebrar os 50 anos do 25 de Abril, considerando que essa será também uma oportunidade de “evocar a liberdade e os princípios” da democracia portuguesa.
“É nesse quadro de esperança, de ambição e de sentido de responsabilidade que eu hoje vos desejo festas felizes, um Natal que seja também uma oportunidade de, em família, poderem tirar as vossas conclusões sobre o nosso caminho até aqui e aquele que temos que iniciar no próximo ano”, apelou, desejando que se possa construir “um país mais próspero e mais justo”.
Portugal vai ter eleições legislativas antecipadas em 10 de março de 2024, marcadas pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, na sequência da demissão do primeiro-ministro, António Costa, em 07 de novembro, alvo de uma investigação do Ministério Público no Supremo Tribunal de Justiça.
A campanha eleitoral para as legislativas vai decorrer entre 25 de fevereiro e 08 de março.
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