O dirigente do Partido Socialista (PS) Álvaro Beleza reafirmou, esta quarta-feira, que é contra a ‘geringonça’, ou seja, uma coligação entre o PS, o Bloco de Esquerda (BE) e o Partido Comunista (PCP).
Ainda assim, “o PS deve dialogar com todos”, ressalvou, em declarações na CNN Portugal.
“O PS é o partido-charneira, deve dialogar à Esquerda e à Direita. Após as eleições [de 10 de março], seja qual for o resultado, o PS tem de dialogar com o Partido Social-Democrata (PSD) e à sua Direita, como à sua Esquerda”, continuou.
No mesmo programa televisivo em que partilha palco com o antigo ministro social-democrata Miguel Relvas, Beleza assegurou, também, que “não há muros entre o PS e o PSD”.
“Pedro Nuno Santos tem dito, e bem, que quer o PS ganhe as eleições com o melhor resultado possível e está a lutar-se por uma maioria absoluta. Se tivemos uma há dois anos, porque é que não haveremos de tentar novamente?”, questionou ainda.
Afirmando que “gostava que a Aliança Democrática (AD) estivesse mais forte do que está”, Beleza questionou se os portugueses “querem uma aventura de um Governo da AD na mão do Chega”.
“Nos Açores, fizeram um entendimento com o Chega, ninguém me garante que não o voltem a fazer. O PS nunca governará com o Chega. Já o mesmo não acontece com o PSD”, atirou, afastando acreditar que os portugueses, “sensatos e moderados”, queiram um “Governo na mão do Chega”.
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