Segundo o Relatório e Contas de 2022, hoje consultado pela Lusa, o EBITDA subiu de 18,6 milhões de euros em 2021 para 30,7 milhões de euros em 2022, ao passo que o resultado operacional (antes de gastos de financiamento e impostos) melhorou de 40,9 milhões de euros de prejuízo para 28,8 milhões.
“A empresa atingiu o melhor EBITDA (resultados antes taxas, impostos, juros, amortizações e depreciações) de sempre, no valor de 30,7 milhões de euros”, apontou a Metro do Porto em comunicado, após a aprovação do Relatório e Contas de 2022 por unanimidade.
No total, o resultado líquido do período referente a 2022 foi um prejuízo de 46,1 milhões de euros, uma melhoria face aos 64,7 milhões de 2021.
A receita direta de exploração da empresa liderada por Tiago Braga subiu 11,1%, de 48,3 milhões de euros em 2021 para 53,7 milhões em 2022, um indicador que cresceu mais que os custos da operação, que subiram 7,9%, de 38,9 milhões de euros em 2021 para 42,1 milhões em 2022.
Em termos de investimento, e face às várias empreitadas em curso ou planeadas, a Metro do Porto atingiu os 121 milhões de euros, um máximo desde 2010, devido à nova Linha Rosa, à extensão da Linha Amarela, aos projetos da Linha Rubi e da nova ponte sobre o rio Douro, o projeto do ‘metrobus’ Boavista – Império, a aquisição de 18 novos veículos e a renovação de sistemas técnicos de apoio à exploração.
A Metro do Porto assinala ainda “o aumento da produção (em 10,5%, para oito milhões de quilómetros percorridos)”, bem como a subida da taxa da ocupação, que subiu seis pontos percentuais para 18,9%, depois de 12,9% em 2021.
Em termos de validações, 2022 foi o segundo melhor ano de sempre da empresa, tendo registado 65,2 milhões, bem acima dos 41,7 milhões de 2021, mas abaixo do máximo histórico de 71,3 milhões de 2019.
O Estado é o maior acionista da Metro do Porto, detendo 47% do capital social da empresa, seguindo-se a Área Metropolitana do Porto com 35% (incluindo Gondomar, Maia, Matosinhos, Porto, Póvoa de Varzim, Vila do Conde e Vila Nova de Gaia com uma ação cada), a Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP) com 15% e a CP – Comboios de Portugal com 3%.
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