Numa mensagem enviada à imprensa, o presidente do CDS-PP, Nuno Melo, considera que “a maioria absoluta do PS falhou em toda a linha”, tal como o partido “tem alertado nos últimos meses, e não há volta a dar”.
Nesse sentido, Nuno Melo defende que “já não basta apenas podar e cortar alguns ramos mortos, porque a árvore toda já está seca”, numa alusão ao discurso do chefe de Estado português nas comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, em Vila Real, no qual Marcelo Rebelo de Sousa considerou necessário “cortar os ramos mortos que atingem a árvore toda”.
“O CDS-PP concorda com o senhor Presidente da República quando afirma que Portugal é mais pobreza do que riqueza, mais desigualdade do que igualdade, mais razões para partir, às vezes, do que para ficar. E a liberdade, a saúde, a educação e a Segurança Social são cada vez mais retratos de um país profundamente insatisfeito com a governação socialista”, lê-se na mensagem.
Para Nuno Melo, “o país precisa de um novo fôlego” e de “um novo ciclo” que liberte o país “do socialismo e que devolva de novo a esperança aos portugueses”.
O centrista considera que o país vive “uma crise política latente e crescente desde que o Governo socialista tomou posse”.
“Que o ministro [das Infraestruturas] João Galamba tenha sido um dos governantes escolhidos para representar o governo no 10 de Junho, apesar da enorme rejeição da sociedade portuguesa e das críticas contundentes anteriores do Presidente da República, mostra ostensivamente a forma errada e até provocatória com que o PS interpreta a data e confunde maioria absoluta com poder absoluto”, acusa o dirigente.
Na opinião de Nuno Melo, “a divergência entre a perceção do primeiro-ministro António Costa e o sentimento do povo, encontra-se em cada assobio e apupo hoje testemunhados”, numa referência ao facto de o ministro das Infraestruturas ter sido hoje recebido com protestos pelos populares presentes nas cerimónias oficiais do 10 de Junho no Peso da Régua, no distrito de Vila Real.
Para o líder do partido, “comemorar o 10 de Junho é celebrar o nosso país e nação com novecentos anos de história, tradição, mas sobretudo futuro”.
O Presidente da República considerou hoje necessário “cortar os ramos mortos que atingem a árvore toda”, advertindo que, só se não se quiser, é que “Portugal não será eterno”.
No seu discurso na cerimónia militar do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, que decorreu no Peso da Régua, distrito de Vila Real, disse ainda que Portugal não pode desistir de criar mais riqueza, igualdade, mais coesão, considerando que só isso permitirá que continue a ter a sua “projeção no mundo”.
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