Também para os próximos meses os bancos esperam uma redução da procura por particulares e que será “particularmente acentuada no segmento da habitação”, lê-se no inquérito.
No crédito ao consumo e outros fins os bancos também relatam uma diminuição de procura devido à menor confiança dos consumidores.
Quanto às empresas, os bancos referiram uma ligeira diminuição da procura por parte das Pequenas e Médias e Empresas (PME) e para empréstimos de longo prazo. Em contrapartida, as empresas aumentaram a procura de crédito a curto prazo devido ao “aumento das necessidades de financiamento de existências e de fundo de maneio, bem como o refinanciamento ou renegociação da dívida no caso das PME”.
Já na oferta de crédito, os bancos dizem que está ligeiramente mais restritiva para clientes particulares no crédito à habitação e PME.
Os bancos justificam isso com a perceção de riscos associados à situação e perspetivas económicas gerais.
Quanto às condições, os bancários falam num ligeiro aumento do ‘spread’ (margem de lucro comercial dos bancos) em empréstimos de maior risco, sobretudo na habitação. Nas empresas também referem ligeira subida de ‘spreads’ em empréstimos de maior risco e que são mais restritivos as garantias exigidas, o montante e a maturidade dos empréstimos.
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