Miguel Relvas considera que a substituição do líder do PSD, Luís Montenegro, pelo líder do CDS-PP, Nuno Melo, nos debates da Aliança Democrática (AD) com o Livre e com o PCP, como foi solicitado pela coligação, provoca “um ruído desnecessário”, numa altura em que “as coisas estão a correr bem”.
“Eu acho que tudo o que for ruído, no momento em que as coisas estão a correr bem, parece-me desnecessário […]. Mas mais do que a questão jurídica, que é pertinente, há aqui questão política. Não é só o respeito por quem debate é também o respeito pelos telespectadores em geral”, salienta o social-democrata, no seu espaço de comentário semanal na CNN Portugal.
Além de defender que “é desnecessário todo este ruído e este debate”, o antigo ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares realça que se trata de “um erro” de estratégia, uma vez que, se todos os outros líderes dos partidos vão participar nos debates, não é “o líder de um pequeno partido, que não tem sequer hoje representação parlamentar apesar de pertencer à coligação”, que deve assumir esse papel.
“Como também não estaria de acordo que se fizesse substituir por Gonçalo da Câmara Pereira [líder do PPM que também pertence à AD]”, acrescenta.
Desta forma, na opinião de Miguel Relvas, no debate devem participar “os candidatos a primeiro-ministro”. “Essa é a regra e deve ser seguida”, fundamenta, concluíndo a análise ao tema com conselho ao seu “amigo” Montenegro.
“O conselho que dou a Luís Montenegro, como amigo que sou e gostaria que ele ganhasse as eleições, é de que não cometa erros”, terminou.
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