Alexandre Fonseca sai da Altice por mútuo acordo. "Seguir-se-á nova fase"

Alexandre Fonseca sai da Altice por mútuo acordo. "Seguir-se-á nova fase"

Alexandre Fonseca, ex-CEO da Altice Portugal, anunciou, esta quinta-feira, que chegou a “um acordo” para sair do grupo. O anúncio foi feito pelo próprio, através das redes sociais, e surge numa altura em que as suas funções executivas na empresa estavam suspensas desde julho

“Venho comunicar que eu e o Grupo Altice concretizámos um Acordo que põe termo a uma relação de mais de uma década, na qual coloquei toda a minha entrega e dedicação e a quem prestei profunda colaboração. Seguir-se-á uma nova fase com novos desafios”, escreveu na rede social LinkedIn. 

Em meados do ano passado, refira-se, e em comunicado, o grupo Altice tornou público que o “seu atual co-Ceo, Alexandre Fonseca, comunicou ao grupo que acionou a suspensão das suas funções no âmbito das atividades empresariais executivas e não executivas de gestão do grupo em diversas geografias, incluindo as posições de ‘chairman’ em diversas filiais”, após uma investigação do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) do MP.

Alexandre Fonseca deixou a presidência executiva da Altice Portugal em abril do passado, passando a ter funções executivas internacionais no grupo, acumulando com o cargo de ‘chairman’ na subsidiária portuguesa.

De acordo com o Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) do MP, a operação desencadeada na quinta-feira, que levou a três detenções, contou com cerca de 90 buscas domiciliárias e não domiciliárias, entre as quais instalações de empresas e escritórios de advogados em vários pontos do país.

Em causa está, alegadamente, uma “viciação do processo decisório do grupo Altice, em sede de contratação, com práticas lesivas das próprias empresas daquele grupo e da concorrência”, que apontam para corrupção privada na forma ativa e passiva. As autoridades destacam ainda que a nível fiscal o Estado terá sido defraudado numa verba “superior a 100 milhões de euros”.

A investigação indica também a existência de indícios de “aproveitamento abusivo da taxação reduzida aplicada em sede de IRC na Zona Franca da Madeira” através da domiciliação fiscal fictícia de pessoas e empresas. Entende o Ministério Público que terão também sido usadas sociedades offshore, indiciando os crimes de branqueamento e falsificação.

Nas buscas, o DCIAP revelou que foram apreendidos documentos e objetos, “tais como viaturas de luxo e modelos exclusivos com um valor estimado de cerca de 20 milhões de euros”.

[Notícia atualizada às 09h31]

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