"Ventura era um protegido de Passos Coelho", lembra Mariana Mortágua

"Ventura era um protegido de Passos Coelho", lembra Mariana Mortágua

Esta posição foi transmitida por Mariana Mortágua em conferência de imprensa, depois de rejeitar a perspetiva de os partidos à direita do PS conseguirem formar uma maioria no parlamento após as eleições legislativas antecipadas de 10 de março.

“Compreendemos bem quando vemos Pedro Passos Coelho a desautorizar o líder do PSD, Luís Montenegro, porque o projeto do PSD é um projeto com o Chega. Foi isso que fizeram nos Açores, aliás com resultados bastante desastrosos”, declarou.

Para a coordenadora do Bloco de Esquerda, este tipo de relações políticas entre o Chega e o PSD “não é de estranhar, porque são a mesma família política”.

“André Ventura era um protegido de Pedro Passos Coelho, e Luís Montenegro era líder parlamentar no Governo de pior memória, provavelmente desde o 25 de Abril”, referiu, numa alusão ao período em que o atual presidente do Chega foi membro do PSD.

Para Mariana Mortágua, os partidos à direita do PS vão sair em minoria das próximas eleições, porque “as pessoas lembram-se como os seus salários foram cortados, como empobreceram”. “Foi a altura dos duodécimos. As pessoas não perdoam à direita”, completou, antes de mencionar de forma genérica propostas destas forças políticas para o setor da habitação.

“Não é o Chega, que sempre apoiou os vistos ‘gold’, que vai resolver a crise na habitação. Não é o PSD que, com o CDS, liberalizou e atraiu os fundos de investimento, vai resolver a crise na habitação. Portanto, a esquerda tem uma responsabilidade: Resolver a crise na habitação. Temos pela frente uma campanha que tem de ser clarificadora. O Bloco de Esquerda quer dialogar em torno das suas propostas e quer encontrar maioria para elas”, sustentou.

Interrogada sobre o voto contra da maioria absoluta do PS no parlamento no sentido de impedir que o filho do Presidente da República, Nuno Rebelo de Sousa, seja ouvido em sede de comissão sobre o caso das gémeas luso-brasileiras que receberam tratamento no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, a coordenadora do Bloco de Esquerda defendeu que o seu partido defende sempre o esclarecimento.

“É importante que a investigação apresente a suas conclusões”, considerou, antes de criticar o anúncio pelo Chega e Iniciativa Liberal por proporem agora uma comissão de inquérito sobre este caso na próxima legislatura, após as eleições legislativas.

“Essa proposta não é para levar a sério. É só para retirar proveitos eleitorais”, concluiu.

 

 

PMF // JPS

Lusa/Fim

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